quarta-feira, 27 de julho de 2011

Oração do dia

Recebi hoje. Veio por e-mail e chegou num momento em que eu realmente precisava de uma boa oração. Achei esta tão pontual que não resisti, imprimi, colei na porta e posto também aqui. Quero esta energia em todos os lugares. Funciona? Não espero ver pra crer.
 

"Deus, nosso Divino Pai e Criador, por favor, ande pela minha casa e tire todas as minhas preocupações e doenças e, por favor, vigie e cure a minha família. Amém ".

terça-feira, 19 de julho de 2011

Confesso que admiro

De tempos em tempos, a vida muda. Sem que haja um plano, assim, de repente, o foco é outro, é outra a rotina, umas pessoas entram para a história, outras dizem adeus, os sentimentos se renovam, a casa fica uma bagunça... Até que a gente entende que viver é isso mesmo, é uma história em capítulos.

Fiquei gripada, me cansei, relutei, até entender que agora vivo um capítulo diferente, apenas isso. Nele, alguns personagens seguem como veteranos, outros fazem sua estreia. Li uns versos de Jorge Luiz Borges neste instante e me deu vontade de falar da minha admiração por alguns personagens da história que vivo hoje. Obviamente, excluo a família e os mais chegados, porque, esses são mais do que personagens, são a alma do meu livro.

Admiro a mulher que conheci no parque, que empurrava seu filho de 12 anos na cadeira de rodas e, por vezes, o pegava no colo, olhando para ele com aqueles olhos do mais puro amor, enquanto enxugava seu queixo com um lencinho muito branco.

Admiro o moço que sobe correndo esta ladeira e ainda tem tempo de acenar para o menino que se posta à janela para ver o lixeiro passar.

Admiro a psicóloga que acredita que está apenas exercendo sua profissão, quando, na verdade, está ajudando a contar uma história mais bonita. Às vezes, enquanto fala, as suas palavras saem embargadas, porque, nessa hora, o verbo vira emoção. Então, ela engole seco, como quem deseja secar  lágrimas, fica envergonhada e não sabe que já declamou o poema.

Admiro a mocinha que pinta as unhas das mulheres com aquela delicadeza extrema. Ela faz do seu dom a arte da cor misturada à felicidade.

Admiro a mulher que todos os dias me pergunta se está tudo bem e, quando respondo que sim, ela diz: "Graças a Deus!", como se eu estar bem fosse assunto muito importante. Então eu ofereço um café, ela toma sem soprar e eu a vejo sorvendo goles de carinho quente.

Admiro tanta gente, mas, agora, vou deixar Jorge Luiz Borges falar, porque admiro esse moço para sempre:

Os Justos
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mund
o.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Relâmpago

Vive-se e não é sempre que se tem a consciência do viver. Um dia, a gente nota que o tempo passou e que, se houvesse uma espécie de grande livro da humanidade, a história vivida já estaria ali, desafiando a ler o que foi mesmo que se viveu. Se houvesse tal livro, haveria susto, consolo, alegria, tédio, arrependimento, satisfação e uma enxurrada de emoções ao passar de cada página. Mas, o que não haveria, de forma alguma, seria uma forma de apagar o escrito. Não. Uma vez ali, seria impossível trocar linhas, mudar falas, querer outras escolhas. Também não adiantaria saltar páginas tristes, medíocres ou de um tédio insuportável. Mas será que não é assim mesmo? Viver é para sempre, linha por linha.

Pensei nisso hoje. Penso sempre. Basta uma cena, uma fala, um ato ou um pensamento, e um desses relâmpagos surgem no meu céu cotidiano, faz um estardalhaço, assusta e passa. Aí, já viu, não tem jeito, ensimesmo-me.

Penso que quero escrever uma história mais bonita. Isso é difícil. Como Drumond, eu poderia desabafar:

"Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco?"


Mas não é isso. Não me sinto abandonada, sinto-me compreendida e apoiada. Só não me pergunte como.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pode ser...

"O que pode acontecer a qualquer hora pode ser que aconteça agora".
Sêneca 


Talvez um dia eu escreva: Aconteceu! Mas ainda não, não foi agora. Quem sabe amanhã? Espero com paciência zen. O quê? Não esperar. Sem contradição, haveria apenas um não-querer pra ser. Eu serei a única? Pode ser.