segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Andar com fé

É grande e quase intraduzível a experiência de descobrir a fé. Aconteceu comigo. Sempre fui crédula, otimista, mais dada ao lado claro do que ao escuro. Até que, um dia, anoiteceu completamente. Aí, eu vi sai do meu peito, como luz, a evidência da fé. Foi como luz, porque evidenciou os passos dados e deu a certeza de que posso seguir sem medo de me perder nos descaminhos. Viver ficou mais fácil e bonito, mesmo na dor, porque eu fiquei maior.

Vou seguindo assim, andando assim... com fé.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Faz de conta

Um dia, eu intui a dor da semente quando brota. Pensei que seria como um parto, como abrir o peito e encarar a decisão essencial do momento. Hoje, eu penso que brotar vem com a força do inevitável e do incontrolável e, se tem uma dose de vontade, tem um grau superlativo de destino indecifrável.

Nesse dia de estourar como pipoca ou semente, vale lembrar de Clarice Lispector:
"Faz de conta que estou deitada na palma transparente da mão de Deus."
E não é mais da minha conta.