quinta-feira, 18 de abril de 2013

Confio em ti

Viver é se surpreender. Ou, antes, viver é aprender e reaprender. De vez em quando, em meio às circunstâncias rotineiras, repetindo um velho hábito costumeiro, percebe-se que uma grande verdade estava ali, o tempo todo, e ninguém nos alertou, e a gente não viu. Então, por acaso, decisão ou escolha, a evidência toma conta da casa, da gente, da vida.

Na segunda-feira, durante uma aula de kundalini yoga, fiz uma meditação para despertar a confiança. Sendo bem honesta, achei a postura bela, graciosa, um tipo de gesto e atitude que, em si só, já nos eleva. Mas foi só depois de algumas horas que a força da palavra revelou-se para mim.

Desde então, passei a degustá-la, como quem saboreia uma bala sem querer morder, calmamente, atenta ao gosto do momento. Podemos usar uma palavra em muitas circunstâncias pela vida afora, sem jamais nos atermos ao sentido abrangente, forte e estimulante que ela carrega. Na segunda-feira, sintonizei confiança, percebi confiança, vivi confiança e, a cada dia, descubro algo novo que eu já sabia o tempo todo, mas não tinha consciência. Somando tudo, descobri que a confiança é o que nos move.

E podemos começar lá do princípio mesmo, porque é preciso confiar nas próprias pernas para andar. Depois, é preciso confiar na família para ir e voltar, é preciso confiar no mestre para apontar o novo, é preciso confiar na gente para somar esforço, é preciso confiar no talento para trabalhar, é preciso confiar no homem para uma aliança plena, é preciso confiar na sorte para tentar, é preciso confiar no alívio para aguentar, é preciso confiar na vida para acordar.

Estou muito confiante agora. Tanto que, hoje, confio mais em mim e em ti. Confiança tem a ver com fé. Outra palavra para despertar.
Confiar e desabrochar: é bonito, é bonito e é bonito.

segunda-feira, 8 de abril de 2013