quinta-feira, 4 de junho de 2015

Sou sim

Sou sim, não ou talvez. Sou minhas escolhas. Sou gostos, modas, caminhos, palavras, comportamentos, guardados, perdidos e achados. Sou inteira quando ouço meu coração. Sou pela metade quando encaro mudar, andar um pouco mais, sem saber onde o caminho vai dar e andar no escuro, andar com fé no novo que eu posso fazer de mim. Sou sim.

Sou sim, quando opto pelo preto e por tudo que é básico, como respeito, solidariedade, humildade, fidelidade. Sou sim com o simplesmente bom, como pão com manteiga, café com leite, arroz com feijão, céu azul de inverno e chuva de verão, doce de leite Viçosa comido com um bom pedaço de queijo, sou sim para o aconchego, para o abraço e o beijo, sou simplesmente sim quando invento uma culinária afetiva, porque cozinhar exige mais que ingredientes e temperos, exige afeto verdadeiro; sou sim como flor na entrada, na mesa, na sala, no vasinho que venceu o tempo de muitas flores murchas que não saem da memória nem dos registros do belo na vida. Sou sim para o passarinho que canta e me amola e depois sinto falta quando, em outro canto, não tem essa moda.

Sou sim para os laços que me unem a toda a minha família e digo sim mais uma vez para os que chegam e tecem com a gente uma história, uma herança, uma árvore hereditária. Sou sim para Ulrich, Murillo, Reinaldo, Hudson, Renata e para os frutos dos ventres das irmãs e cunhada. Sou sim para a família Vianna que veio somada ao amor, sim para todos os chegados. E, sim, sou sim para os amigos, família que vai crescendo dia a dia, compartilhando, curtindo, mas sobretudo, chegando mais perto para o toque exato, para o abraço, para a palavra necessária.

Sou o sim mais pleno quando digo sim para o perdão e para o esquecimento da falta. Para a mágoa, sou não. E sou não outras vezes. Mas isso fica para depois. Hoje é dia de sim.