Sábado prometendo chuva. Cadê a vontade de sair de casa? Melhor ir pra cozinha fazer um pão. Mãos na massa, alguma paciência para aguardar a fermentação, o momento certo de modelar e de levá-lo ao forno quente. Em pouco tempo, o cheiro tomou conta da casa e pude contemplar minha obra. Melhor ainda, pude saboreá-la em fatias generosas sobre as quais fiz deslizar boa quantidade de manteiga.
É claro que o ritual deste dia envolveu muito mais do que isso. Ninguém decide fazer um pão como decide fritar um ovo. Não, fazer pão é culinária levada à categoria de jornada. Antes de aventurar-se é preciso saber que serão necessárias quase três horas de preparo. Mas é aí que a gente considera o esforço e se lembra que duas delas serão dedicadas aos estágios de fermentação. Neles, a massa responderá lentamente ao esforço, só exigindo o cuidado de um canto morno.
O mais interessante é que por as mãos na massa é quase como lidar com mágica. Tem-se a farinha, os ovos, o leite, o fermento, às vezes, o luxo de algumas castanhas ou passas, mas os ingredientes sozinhos não significam nada. Eles aguardam o talento da mistura, o passe que leva adiante. Isto é com a gente. E o bom é amassar, amassar, quase perder o fôlego e ir constatando a transformação. Os ingredientes secos e molhados, juntos com nossa vontade, transformam-se em massa elástica. Eis a conquista.
Mas não é só isso. Fazer pão oferece boas analogias com nossas escolhas na vida. O processo evidencia o que a gente sabe, mas não dá muita importância. Não precisa se esforçar e amassar mais do que o necessário, o pão necessita, sobretudo, de tempo. Quem não sabe disso, esforça-se inutilmente. Ingredientes e ideias precisam de pausa para crescer. Aí, a paciência é virtude.
Fazer pão é também reconhecer que nem tudo depende das mãos que amassam. Tantos outros fatores contam... Não é o meu desejo que assa, é o calor do forno. Não é a minha vontade que faz crescer, é o fermento escolhido. No ritual, percebo que comunhão tem muito a ver com realização.
Esqueça as preocupações se pretende fazer um bom pão. Tal qual no dia a dia, é mais gostoso quando a gente se diverte. Saiba alguma receita, mas ouse, misture novos ingredientes. Você gosta de quê? Pegue isso e acrescente. Invente. Misture gengibre ou, quem sabe, um pouco de chocolate. Se der errado, é só tentar de novo. Um dia, pra felicidade da gente, a mágica acontece.
Dito isso, fica a proposta: faça um pão e descubra um jeito muito gostoso de ser zen.
A receita do pão, você encontra aqui.
É claro que o ritual deste dia envolveu muito mais do que isso. Ninguém decide fazer um pão como decide fritar um ovo. Não, fazer pão é culinária levada à categoria de jornada. Antes de aventurar-se é preciso saber que serão necessárias quase três horas de preparo. Mas é aí que a gente considera o esforço e se lembra que duas delas serão dedicadas aos estágios de fermentação. Neles, a massa responderá lentamente ao esforço, só exigindo o cuidado de um canto morno.
O mais interessante é que por as mãos na massa é quase como lidar com mágica. Tem-se a farinha, os ovos, o leite, o fermento, às vezes, o luxo de algumas castanhas ou passas, mas os ingredientes sozinhos não significam nada. Eles aguardam o talento da mistura, o passe que leva adiante. Isto é com a gente. E o bom é amassar, amassar, quase perder o fôlego e ir constatando a transformação. Os ingredientes secos e molhados, juntos com nossa vontade, transformam-se em massa elástica. Eis a conquista.
Mas não é só isso. Fazer pão oferece boas analogias com nossas escolhas na vida. O processo evidencia o que a gente sabe, mas não dá muita importância. Não precisa se esforçar e amassar mais do que o necessário, o pão necessita, sobretudo, de tempo. Quem não sabe disso, esforça-se inutilmente. Ingredientes e ideias precisam de pausa para crescer. Aí, a paciência é virtude.
Fazer pão é também reconhecer que nem tudo depende das mãos que amassam. Tantos outros fatores contam... Não é o meu desejo que assa, é o calor do forno. Não é a minha vontade que faz crescer, é o fermento escolhido. No ritual, percebo que comunhão tem muito a ver com realização.
Esqueça as preocupações se pretende fazer um bom pão. Tal qual no dia a dia, é mais gostoso quando a gente se diverte. Saiba alguma receita, mas ouse, misture novos ingredientes. Você gosta de quê? Pegue isso e acrescente. Invente. Misture gengibre ou, quem sabe, um pouco de chocolate. Se der errado, é só tentar de novo. Um dia, pra felicidade da gente, a mágica acontece.
Dito isso, fica a proposta: faça um pão e descubra um jeito muito gostoso de ser zen.
A receita do pão, você encontra aqui.