segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Eu quero é chá

A receita não tem nada de nova. Vem de longe e todo mundo sabe que um bom chá é a escolha certa para combater dores, mal-estar, insônia, indigestão e até mau-olhado. Eu também sei. Mas será que dá mesmo para acreditar? Só provando.

Ontem mesmo acordei com uma ligeira indigestão e a primeira coisa que fiz foi esquentar um litro d'água e fazer chá de camomila para tomar o dia inteiro. Depois dos primeiros goles, pensei: Se o chá não cura, pelo menos consola. E é isso mesmo. O líquido desce morno pela garganta, aquece, relaxa, exala um aroma bom e o melhor é a sensação gratificante de estar cuidando de mim. É como o prazer de uma comida boa e gostosa. É prazer ao quadrado. Manga, goiaba, uva, kiwi, banana, abacaxi... Pensando bem, vamos elevar o prazer a outra potência, porque a beleza também conta.

Chá é manso, é devagar, é pra quem tem tempo. Ao contrário de outros remédios e tratamentos. Há alguns meses, por exemplo, fiz um tratamento – por conta própria – que previa tomar suco de limão em jejum por 19 dias e a quantidade aumentava dia a dia, até chegar a 10 limões. Depois, decrescia. Como sou disciplinada, cumpri à risca. Deveria dizer obstinada, porque não gostei, mas continuei. O resultado foi um princípio de gastrite. Quanto a isso, há controversias. Uma amiga me disse que o mal-estar não tem nada a ver com a quantidade de limões ingeridos. A médica disse que sim. Pelo sim, pelo não, não engulo mais uma dessas. Eu quero é chá. E, se tiver que apelar, tomo logo umas drágeas!