segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Faz de conta

Um dia, eu intui a dor da semente quando brota. Pensei que seria como um parto, como abrir o peito e encarar a decisão essencial do momento. Hoje, eu penso que brotar vem com a força do inevitável e do incontrolável e, se tem uma dose de vontade, tem um grau superlativo de destino indecifrável.

Nesse dia de estourar como pipoca ou semente, vale lembrar de Clarice Lispector:
"Faz de conta que estou deitada na palma transparente da mão de Deus."
E não é mais da minha conta.