Feriado. O que fazer num dia desses? Ler? Adiantar o trabalho? Navegar por sites nunca antes navegados? Passear? Meditar? Arrumar os livros? A lista era imensa e, antes mesmo de sair da cama, eu desisti de repassar as opções. Escolhi fazer nada. Pela primeira vez, depois de alguns meses, escolhi não saber nem de mim. Segui o curso do dia.
Que história é essa de lista para viver com eficiência todos os dias? Que hábito estranho é esse que nega a sabedoria, o instinto e a vontade?
Hoje eu me rebelei. Não fui obrigação. Fui ânimo e caminhei. Fui fome e comi. Fui curiosidade e li. Fui amiga e falei. Fui preguiça e não trabalhei. Fui inspiração e escrevi. E quer saber o que eu faço com a culpa dos não-feitos? Nada. Porque hoje, eu não faço nada. Hoje eu vivo com tudo o querer sem obrigação.