domingo, 21 de novembro de 2010

Um pouco do que aprendi

Uma vez, li um texto, desses que recebo por e-mail e cujos autores são tão duvidosos quanto a aplicabilidade das palavras à vida. Era um texto sobre o valor da experiência. Até havia algum sentido. Mas o que deixava dúvidas era a minha capacidade de abosorver e atuar de forma consciente. Quem é que consegue? Como é que a gente recebe um conselho, digere e coloca em prática? Como é que se planta uma semente na consciência? E quando é que ela brota?

Hoje, passado algum tempo, percebo que a digestão faz-se pela repetição, que a semente é plantada pela percepção e que ela brota pela força do desejo. Palavras só transformam quando são legitimadas pelo nosso querer.

O texto em questão falava das coisas que um dia a gente aprende. Era grande, quase duas laudas descrevendo aquilo que um dia a experiência me ensinaria. Considerando o tamanho, era se de esperar que muito do que estava escrito não me tocasse. De fato, pouco ficou. Mas esse pouco fixou-se e parece ressurgir das vísceras quando mais preciso.

Eis aí:
- Um dia a gente aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, você tem que perdoar a si mesmo.

- Um dia a gente aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais.

Não dá pra dizer o quanto já andei depois de achar que não aguentaria mais. Se essas palavras couberem no seu coração, siga em frente!