terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ouço uma voz...

Ouço os primeiros acordes. Em segundos, transporto-me para outro cenário. A música me leva a imaginar cores, texturas e movimentos indianos. Respiro fundo e me concentro. Apenas respiro e isso também me transporta. Agora, para o lado de dentro. Meditar é estar lá e cá...

De repente, uma voz se eleva. É ela. Venho de dentro pra fora com escala no Nordeste brasileiro. A magia se quebra. Tento me acostumar, mas oscilo entre relaxamento e riso.

Quase não acredito que comprei um CD para meditar e que a voz me faz dar gargalhadas. Alguém pode meditar ouvindo uma mulher com sotaque nordestino? Entendam-me bem: nada tenho contra o sotaque. Até gosto muito. É que pra ocasião não combina. Tinha de ser locutor profissional que, aliás, existem pra isso mesmo.

E quer saber? O trabalho é dos mais competentes que já vi. A técnica é muito boa, o layout da capa é muito bom, o encarte é de extremo bom gosto. Precisava pecar na locução? Tenha dó!

Será que um dia eu me acostumo?