quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Canto

Preparo um canto para mim e, nele, as coisas não vão além da conta. Só quero alguns enfeites, como velas diferentes, que sugerem noites coloridas; quero cortinas esvoaçantes, só para ver o vento dançar no sopro das manhãs. Nas paredes, quero fotos das pessoas que eu gosto, porque afeto é bom de mostrar. No meu canto, quero um caderno para os registros comovidos e poéticos do viver, quero um tapete, flores, almofada para meditar, livros de poesia para me inspirar, quero o que me move e o que me comove, porque o meu canto vai além do espaço físico. O canto que eu preparo é, sobretudo, uma extensão do meu coração.