segunda-feira, 2 de março de 2015

Vida que se leva

A vida pode ser leve. Ou pesada. A vida pode ser por inteiro. Ou só de fachada. A vida pode ser curtida. Ou só levada. E as opções não estão do lado de fora, começam do lado de dentro. É abrindo o coração que a vida fica leve. É abrindo os olhos que ela fica inteira. É abrindo os braços que ela fica mais curtida.

Abrir o coração é fazer o que se gosta, é estar com quem se ama, é saber que tem hora para parar e apenas escutar o bater ritmado da vida, que fala tanto sobre o que somos, sobre os nossos sonhos e amores. Abrir o coração é meditação.

Abrir os olhos é olhar em volta, entender as esquinas dos fatos, ver a beleza exposta, enxergar um outro mundo, o mundo do outro e o outro lado do mundo, que também é nosso. Abrir os olhos é comunhão.

Abrir os braços é acolher o que vem, é acolher quem vem. Abrir os braços é liberar quem e o que vai. Abrir os braços é dançar de mãos vazias e com a alma leve. Abrir os braços é libertação.

Medito. Danço. Encontro. Às vezes, me entristeço, mas permaneço fiel à crença de que a vida não é só isso. É tudo isso. Agora, é só abrir um sorriso. Pronto.