quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sonhos fazem sentido

Hoje, estou pensando grande. Comecei lendo algumas páginas do livro “Quase nada sobre quase tudo”, presente da Maria. Livros desse tipo são bons de ler devagar, saboreando ideias que eu jamais conseguiria expressar da mesma forma e que, não obstante, são ideias minhas também. Leio jiboiando, digerindo lentamente. Na página onde parei, o autor falava sobre o espaço e o tempo. É muito grande. Ao mesmo tempo, é quase nada. Tão pequeno que passa. Alguém duvida?

E como estou pra filosofia, prossigo... Algumas vezes, antes de dormir, penso na vida. Não gosto muito quando a sintonia é o inatingível sentido de viver. Ai, ai, como a maioria dos fatos e os mais elevados objetivos ficam ridículos nessa hora! Ao mesmo tempo, é assustador perceber que tudo o que eu tenho é a minha vida. E não tenho, posto que não decido hora e lugar para sair da brincadeira. Se não sou dona da bola, sobra o quê?

Descobri recentemente que não somos donos nem da nossa história. Basta uma frase, uma ideia, uma escolha impensada para que sejamos transformados em personagem de uma história que nunca imaginamos. Melhor ou pior, não importa. Grandes celebridades por mero acaso; grandes vilões por descaso. Então, somos donos de quê?

Como ando muito otimista, vou responder: sou dona dos meus sonhos. Quando eles são bem-sonhados, quando refletem o meu desejo mais sincero, pertecem a mim e a mais ninguém. E sonhos não tem limites. Neles, eu tudo posso – como Deus.

Com que sonho? Sonho em escalar a pirâmide de Maslow com dignidade, garantido o essencial para a vida, como casa, cama, abrigo e comida. Depois, subir alguns degraus e proteger as conquistas de tantas lutas, manter os amigos, ter paz em família e a chama acessa no relacionamento. Quero gostar e confiar nas pessoas. Quero a pirâmide inteira, finalizando com a capacidade de transcender, de ser criativa, otimista e muito religiosa, porque combina comigo. Claro que esses são os sonhos de todo mundo, mas há aquilo que sonho e não conto. Se eu contar, pode não acontecer e tem que...

Da próxima vez que pensar sobre o sentido da vida, vire para o lado e sonhe. Faz sentido.