Em nenhuma outra ocasião, lanço mão dos minhas armas zen mais do que quando uma gripe me ameaça. Ontem, ela chegou de mansinho, com uma dor na garganta, uma tosse seca e alguma indisposição. Ocorre que estou sempre pronta para o combate. Ando assistindo à derrocada de várias pessoas próximas e sei que esta, que se anuncia leve, pode ser uma gripe muito forte.
Então, corri para a cozinha e preparei um chá de melissa, cardamomo, anis e maçã desidratada. A noite estava fria e exigiu um par de meias e um pijama quentinho. Depois disso, cama e filmes leves. Não era hora de pegar pesado. Ao longo da noite, sopa, chá e chocolate quente muito forte. E fui dormir tranquila. O primeiro round foi meu.
Hoje, abri os olhos e avaliei a situação. A gripe ainda insistia. Era hora de outro chá e mais 30 minutos na cama. Isso feito, levantei-me mais disposta, aprontei-me como de costume e fui para a caminhada. O sol é arma forte. Fiquei tão bem que até corri. Belo golpe na gripe!
Banho quente, café com leite e a perspectiva de um almoço preparado com carinho pelo namorado. A tudo isso, digo que mereço e desfruto com justo apetite. E dá-lhe suco de acerola, goiaba de sobremesa, maçã para o lanche, suco de limão, laranja, pouco trabalho e muito cuidado. É assim que eu faço: vou criando meus textos como quem não quer nada, despistando, porque gripe gosta de quem não dá folga.
Para a noite, vaporizador com essência de alecrim, massagem com óleo de bergamota e mais chocolate quente (que boa desculpa é essa gripe!). Como criança, vou cantando assim: ela não me pega, ela não me pega...
Amanhã é outro dia. E o combate continua. Torçam por mim!