A conversa era sobre tratamentos alternativos, destes que sempre estão em pauta por aqui. Falávamos de florais, acupuntura, homeopatia, massagens, chás e sobre o bem-estar que cada um deles propociona. Minha amiga citou exemplos e concluiu que, sim, cada um dos tratamentos que já fez deixou resultados positivos. Minha concordância não foi sem causa. Lanço mão do que posso para ficar bem e para encontrar um pouco mais de equilíbrio na vida. As opções vão desde meditação aos chás de cada dia. Mas,naquele momento, a minha atenção voltou-se para algo que também faz um bem danado pra gente: boas amizades. Não disse nada, porque, de repente, estava tão imbuida de um sentimento de paz, reconhecimento e afeto que tinha medo de falar e a mágica se desfazer. Falo agora.
Amigos são possibilidades de momentos diferentes. Cada um traz uma resposta, uma questão, um olhar que revela quem somos, para onde seguimos, como e com quem. Alguns são companhia para rir. Outros, para ouvir. Há aqueles que falam. Tem amigo que dá conselho e amigo que não quer saber de problemas. Com estes, a gente se diverte. Com aqueles, a gente se compromete. E não tem nada melhor do que poder comprometer-se com a certeza da discrição, compreensão e afeto.
Para mim, amigos são por muito tempo, como aqueles produtos que se compra e, com satisfação, lê-se no rótulo: Prazo de validade indeterminado. É quando se pode ter calma para consumir. Amigos verdadeiros também são assim. A gente pode deixar de ver, não ligar, mas quando a vontade diz que é hora, pode-se ir sabendo que o carinho não passou do ponto.
Ter bons amigos é um santo remédio para o tédio, para a solidão, para o medo de seguir, para os dilemas existenciais e para muito mais. Eu tenho grandes amigos e, ainda que fique um tempo longe de uns e outros, eu sempre volto. Só porque eu não dispenso o valioso da minha vida. E, caros amigos, vocês são mais do que isso, são quase imprescindíveis.
Então, esta postagem fica sendo assim, como uma declaração de amor para cada um de vocês.