quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bate qualquer coisa

Num dia assim, de encontros que a gente sabe que vão ficar na história, quando nada é irrelevante e tudo conta, quando o fio da vida se torna tão nítido que incomoda, eu me vi integrando a cena. Além de mim, vi uma menina dando passos responsáveis, vi uma mocinha interrogando-se a respeito da vida, vi outra moça começando a colher os frutos da própria semeadura. E foi sobretudo porque me vi que escrevo estas palavras. Diante delas, eu me senti mais velha. Não no sentido do tudo acabado, mas daquilo que foi vivido, aproveitado e aprendido ao longo dos anos. Fiquei feliz. Aliás, ando feliz com as minhas escolas. Não há nenhum erro aí. Quis dizer escolas mesmo e não escolhas. Porque elegi a vida como condição do aprender e vivo absortamente sentada no banco desta escola. Não vejo outra maneira de ser ou de aprender a ser feliz. Queria dizer isso para as meninas, mas acabei dizendo para mim mesma. Porque a consciência da minha trajetória bateu forte agora.

Então, lembrei-me do I-Ching e fui consultar. Eis o comentário:

 RETORNO.
Sucesso.
Saída e entrada sem erro.
Amigos chegam sem culpa.
Para adiante e para trás segue o caminho.
Ao sétimo dia vem o retorno.
É favorável ter aonde ir.