Pensa que é fácil deitar-se, esticar as pernas e elevá-las bem retas a um ângulo de 90º? Pensa que é fácil repetir, repetir e, já na terceira vez, perceber que os músculos não obedecem como antes? Pensa que é fácil esquecer a frustração e seguir para outra repetição e, de novo, perceber que também não dá conta como a moça lá na frente? Ah, como é difícil começar algo novo... Porém, se não é fácil, um fato é incontestável: quem diz isso é o ego.
Estou nessa. Terceira aula de Kundalini Yoga e a sensação de que vou levar meses para dominar a arte de respirar, mover-me e me integrar com a leveza que vejo e desejo. Mas quem mandou eu querer a perfeição num estalar de dedos – ou de vértebras? O ego.
Calar o ego que quer capricho não é fácil. Mas também não é difícil. A incoerência se deve ao fato de que os ganhos são imediatos. Apesar da sensação de estar desajustada, o prazer do pós-movimento é tão mágico que anima e a gente quer mais, vai lá, tenta e – alegria, alegria – faz!
Então, eu estava lá, sintonizada com a busca da perfeição e pensando que iria treinar em casa, repetir, repetir, até conseguir o movimento perfeito. Já ia embarcar nesse plano, quando um insight calou o ego. Veio lá de dentro uma vontade louca de dançar, de rir, de não ligar pra nada, uma vontade que, por si só, já era o prazer da dança, do riso, da liberdade do recomeço. Senti a alegria de rever uma querida amiga de infância. E era eu mesma. Descobri onde me reencontrar, descobri que a energia criadora da infância está em algum lugar. Ali, até o ego é meu amigo.
É assim: a aula começa com um mantra, segue por uma sequência de posturas (que aqui eu chamei de repetições), há uma pausa entre cada uma delas, para que sejam percebidas as respostas do corpo. Depois, faz-se um relaxamento, seguido de meditação e do mantra final. É de se esperar que, em determinado momento, as respostas venham de profundezas inatingíveis pela mente acelerada.
E eu estava ali, respirando, repetindo, barriga para fora, barriga para dentro, olhos fechados, coluna ereta, respiração lenta e profunda, tudo e nada, claro e escuro, respiração do fogo, pensamentos que vem, sentimentos que vão, aprendiz que se cala, sabedoria silenciosa, música, vento... Eu estava entregue. Era de se esperar que novas respostas viessem. Interessante é que vieram como brincadeira.
Agora, deixo-me ser para aprender num ritmo novo, passo a passo. E com alguns tropeços. É boa a sensação de estar mais íntima de mim.
Pensando bem: Pensa que é fácil!
Estou nessa. Terceira aula de Kundalini Yoga e a sensação de que vou levar meses para dominar a arte de respirar, mover-me e me integrar com a leveza que vejo e desejo. Mas quem mandou eu querer a perfeição num estalar de dedos – ou de vértebras? O ego.
Calar o ego que quer capricho não é fácil. Mas também não é difícil. A incoerência se deve ao fato de que os ganhos são imediatos. Apesar da sensação de estar desajustada, o prazer do pós-movimento é tão mágico que anima e a gente quer mais, vai lá, tenta e – alegria, alegria – faz!
Então, eu estava lá, sintonizada com a busca da perfeição e pensando que iria treinar em casa, repetir, repetir, até conseguir o movimento perfeito. Já ia embarcar nesse plano, quando um insight calou o ego. Veio lá de dentro uma vontade louca de dançar, de rir, de não ligar pra nada, uma vontade que, por si só, já era o prazer da dança, do riso, da liberdade do recomeço. Senti a alegria de rever uma querida amiga de infância. E era eu mesma. Descobri onde me reencontrar, descobri que a energia criadora da infância está em algum lugar. Ali, até o ego é meu amigo.
É assim: a aula começa com um mantra, segue por uma sequência de posturas (que aqui eu chamei de repetições), há uma pausa entre cada uma delas, para que sejam percebidas as respostas do corpo. Depois, faz-se um relaxamento, seguido de meditação e do mantra final. É de se esperar que, em determinado momento, as respostas venham de profundezas inatingíveis pela mente acelerada.
E eu estava ali, respirando, repetindo, barriga para fora, barriga para dentro, olhos fechados, coluna ereta, respiração lenta e profunda, tudo e nada, claro e escuro, respiração do fogo, pensamentos que vem, sentimentos que vão, aprendiz que se cala, sabedoria silenciosa, música, vento... Eu estava entregue. Era de se esperar que novas respostas viessem. Interessante é que vieram como brincadeira.
Agora, deixo-me ser para aprender num ritmo novo, passo a passo. E com alguns tropeços. É boa a sensação de estar mais íntima de mim.
Pensando bem: Pensa que é fácil!