Se você passa por aqui e vê que não tem nova postagem há dias, pode questionar: ela está descuidando do blog? Respondo: não. Ocorre que não sou tão zen quanto gostaria e, por que não sou, descuido-me do uso equilibrado do tempo.
É assim: surge um trabalho, eu faço; vem outro, não descarto; depois outro, aceito também. Um dia eu percebo que esqueci de mim. Não faço mais as caminhadas matinais, não vejo os amigos, não durmo as horas devidas, não deixo espaço para o que gosto. Depois me prometo mudanças. Quase consigo. Na hora das contas vencidas, dizer sim ao excesso de trabalho é tentação irresistível.
Neste momento mesmo, estou tentada a não escrever mais. Um roteiro inacabado me cobra pressa. Vou pra lá. Um dia, talvez, eu descubra a fórmula para ter tudo o que preciso, inclusive a consciência da preciosidade do tempo, da vida a ser vivida, das minhas relações. Estou aqui de passagem. A evidência da transitoriedade me leva a pensar nas escolhas que gostaria de fazer. Mas isso eu deixo para amanhã. Até lá!